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Teoria das Pulsões

“(...) se quisermos saber qual o valor que pode ser atribuído à nossa opinião de que desenvolvimento da civilização constitui um processo especial, comparável à maturação normal do indivíduo, temos, claramente, de atacar o problema. Devemos perguntar-nos a que influência o desenvolvimento da civilização deve sua origem, como ela surgiu e o que determinou o seu curso".

Freud, S. O Mal-Estar da Civilização, de (1930 [1929])

A primeira teoria das pulsões baseia-se na neurose de transferência e na preservação. O conflito psíquico se daria entre as pulsões do Ego (autopreservação) e as pulsões sexuais (libido). Sendo assim, o princípio do prazer seria a instância reguladora das tensões, com o objetivo de manter o menor nível de tensão. A neurose, resultado da prevalência das pulsões do Ego, e a preservação, das pulsões sexuais.

Nessa primeira teoria das pulsões, a pulsão sexual é o objeto privilegiado do recalcamento, submetida, exclusivamente, ao princípio do prazer, funcionando segundo o processo primários. (Conservação da Espécie). Já as pulsões do Ego estariam ligadas às necessidades, à conservação da vida, portanto, associada ao princípio da realidade.

Já a segunda teoria das pulsões está ligada à lógica da constituição do sujeito e aponta diretamente para a sublimação. Freud desenvolve, então, a ideia de Pulsão de Morte (Thânatus) e de Vida (Eros). Freud percebe a existência da pulsão de morte por meio da sua experiência clínica, onde vivência questões como o sadomasoquismo, compulsão à repetição e reação terapêutica negativa. Percebendo, portanto, que o psíquico não é exclusivamente dominado pelo princípio do prazer, passa a entender passa a entender que o sujeito é marcado pelo conflito entre a pulsão e morte e de vida e não entre as pulsões do ego e as sexuais.

A pulsão de morte pode ser voltada para o interior (autodestruição) ou para o exterior, como forma de agressão ou destruição. Já a pulsão de vida está ligada à constituição e conservação da vida. Ou seja, ligada à aceitação da existência do objeto e vinculada à sublimação.

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