O Complexo de Édipo
- Teca Pereira
- 29 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
“(...) Mais cedo ou mais tarde, a criança, que tanto orgulho tem da posse de um pênis, tem uma visão da região genital de uma menina e não pode deixar de convencer-se da ausência de um pênis numa criatura assim semelhante a ela própria. Com isso, a perda do seu próprio pênis fica imaginável e a ameaça de castração ganha o seu efeito adiado".
Freud. S. A dissolução do Completo de Édipo, de 1924

O Complexo de Édipo é um fenômeno central da organização estrutural e da sexualidade, que se origina pelo primado do falo. Tanto para os meninos como para as meninas até a fase fálica só existe um órgão sexual: o masculino. Sendo assim, a sexualidade infantil é dominada pelo “Primado do Falo”, implicando que acreditem que todos têm um falo. E é essa crença no falo que define a fase fálica e edipiana. O Complexo de Édipo começa na fase fálica e termina na castração, introduzindo, assim, à fase de latência. A castração anula a ideia de que todos têm falo e determina o reconhecimento da diferença sexual. Durante o processo do Complexo de Édipo, enquanto a menina, ao descobrir que não tem falo e acredita que esse órgão lhe foi tirado pela mãe, vai buscar recompensar a perda desse órgão na fantasia de ter um filho com o seu pai (quem tem o falo), o menino por se sentir atraído pela mãe e por acreditar que o pai o vê também como um rival, tem medo de perde-lo. Sendo assim, o falo é o principal agente nesse processo, sendo por não tê-lo e querê-lo ou por tê-lo e perde-lo.
Analisando como se dá o Complexo de Édipo na menina, podemos perceber que o “filho” é o falo da mãe e o pai tem um papel importante no processo de castração por fazer com que a criança (menina ou menino) não se identifique com o falo imaginário, criado pela mãe.
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