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Cada um tem a sua própria Caverna com luzes e sombras

Atualizado: 4 de abr. de 2021

O Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna, uma passagem do livro “A República” do filósofo grego Platão, fala sobre pessoas prisioneiras em correntes desde o nascimento em uma caverna, que passam todo o tempo olhando para uma parede ao fundo iluminada pela luz produzida por uma fogueira. Nessa parede tão adorada e observada por esse grupo são projetadas sombras que representam pessoas, animais, plantas, objetos do dia a dia. Esses prisioneiros ficam dando nomes às imagens -  sombras - analisando e julgando as situações ali representadas. Curiosos em saber o que são realmente, mas presos e com medo do desconhecido.


Cada um tem a sua própria caverna. Ficamos ali observando as luzes e sombras e nomeando-as. Poucos são os que ousam sair e conhecer a verdade dessa(s) luz(es). Às vezes, nos libertamos das correntes e saímos da nossa caverna para conhecer essa(s) luz(es). Alguns voltam com medo. Outros se perdem. Outros se encontram. Outros enlouquecem.


Há luzes que sempre nos atrai. Imaginamos sempre como será essa luz do lado de fora. Tentamos várias vezes "viver essa luz". Muitas vezes, não conseguimos vivê-la como queríamos ou apreciá-la como desejamos. Voltamos várias vezes para a nossa caverna com essa luz enfraquecida. Para nos proteger, nos preservar, e continuarmos vivendo e apreciando outras luzes, aprendemos a colocá-la em uma caixa, e lá a esquecemos. Grande bobagem, porque a luz e a caixa são nossas, mas a chave não!


E toda vez que saímos da nossa caverna e entramos em contato com essa luz no mundo real e não do conforto da nossa caverna, nos encantamos. Nos enchemos de vida. Mas também de medo. Entramos em uma luta insana entre o nosso desejo e a nossa razão. A nossa razão nos classifica como louca, nos ridiculariza e até nos ameaça de morte! E ela sempre vence! Voltamos para a caverna com aquela luz e a colocamos novamente na caixa.


O que fazer com essa luz que nos atormenta e nos encanta?

O que fazer com essa luz que nem sabe ser luz e, muitas vezes, é sombra?

Será possível viver essa luz em paz?

Quantas vezes teremos que guardar essa luz nessa caixa?

Será que não chegou a hora de deixarmos essa luz viver ou então morrer?


Só há uma certeza nessa história: a luz nos faz bem enquanto não é sombra!

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